O evento vai ter como orador principal o Presidente da República, João Lourenço, que vai abordar as inúmeras oportunidades de investimentos existentes em diversas áreas da economia angolana e do ambiente legal à disposição para facilitar a fixação de negócios.
O Chefe de Estado angolano deverá falar com os participantes acerca das reformas em curso no país, as perspectivas económicas e as oportunidades de investimentos.
O Fórum Empresarial da NABA (Norwegian-African Business Association) – Câmara de Comércio de Oslo vai contar com 23 empresas norueguesas e oito (8) angolanas.
Com uma cooperação dominada pelo sector Petrolífero e com tendência de crescimento do domínio energético, a reunião entre empresários procura responder a vontade do Governo angolano de diversificar as relações económicas.
Após a intervenção do Presidente da República, no I Painel, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, deverá abordar com empresas do sector, no II Painel, dedicado ao tema “Construindo um sector Energético dinâmico”.
O programa de evento reserva, a posterior, encontros de negócios de empresas para empresas (B2B), ocasião em que outras áreas procurarão apresentar as oportunidades de parcerias nos respectivos sectores.
Para além, do ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, estão, igualmente, em Oslo – Noruega, os ministros da Economia e Planeamento, Mário Caetano João; da Indústria e Comércio, Victor Fernandes (por confirmar), e o das Relações Exteriores, Téte António, que coordenada as equipas ministeriais. Estão, igualmente, em Oslo, o presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), António Henriques da Silva, e funcionários dos Serviços de Apoio da Presidência da República e dos sectores do Governo presentes na capital norueguesa.
Estados abrem espaços para a cooperação económica A visita do Presidente João Lourenço à capital Oslo, no Reino da Noruega, desde ontem até amanhã, sexta-feira, visa, fundamentalmente, o reforço da cooperação económica entre os dois países, disse o ministro das Relações Exteriores.
Téte António avançou à imprensa angolana no local que a economia norueguesa tem uma forte intervenção do Estado e também dos privados, factores de que Angola pode absorver ainda mais experiências.
“Esta vinda à Noruega é uma boa oportunidade para troca de experiências, pois é sabido que este país é de uma economia com um sector privado muito vibrante, mas também com uma intervenção do Estado em sectores-chaves bastante produtivos”, afirmou.
Por outro lado, explicou o ministro das Relações Exteriores, a Noruega é a mãe dos Fundos Soberanos, por ser o país em que nasceu o “Fundo das Gerações Vindouras”.
Trata-se de um fundo que serve para garantir que o país nunca mais entre em dificuldades e intervém em mais de 80 países no mundo.
Conforme detalhou o ministro Téte António, o Presidente da República vai manter, em Oslo, encontros oficiais com o Rei Harald, o Primeiro-Ministro Jonas Gahr Støre e o presidente do Parlamento norueguês, Masud Gharhakhani.
Estão previstas visitas as empresas de referência presentes na economia angolana, nomeadamente a Equinor e a Aker Solutions, isso depois de o Chefe de Estado ser orador no Fórum Empresarial de hoje dedicado a Angola.
Téte António disse ser bastante importante para Angola a abordagem sobre a transição energética, razão pela qual um painel dedicado à energia está alinhado no certame.
“Terra do bacalhau”
Em relação aos resultados concretos, o ministro das Relações Exteriores de Angola disse que Angola e Noruega têm uma cooperação “bastante proveitosa”, além do petróleo, nas áreas da Agricultura e das Pescas. Aliás, disse, o bacalhau, muito apreciado em Angola, nasceu na Noruega. Há, igualmente, outras vantagens, entre as quais a gestão de recursos financeiros provenientes da exploração dos recursos naturais, sobretudo o petróleo. O país é também um bom exemplo na protecção social.
Comunidade angolana
Quanto ao apelo da comunidade angolana em Oslo, sobre a isenção de vistos, o ministro Téte António afirmou existir um dossier sob apreciação das partes de isentar vistos aos passaportes diplomáticos e de serviço. Assumiu tratar-se de um processo gradual, que poderá abranger também outras áreas.
“O impacto do crescimento da cooperação entre os países, com certeza, vai influenciar a evolução de outros tantos processos, incluindo o da circulação de pessoas e bens”, afirmou.
Informações gerais sobre a dinâmica do Reino nórdico
O Reino da Noruega está localizado no Norte da Europa, na região da Escandinavia, e tem como regime governativo a monarquia constitucional democracia parlamentar. É Rei Harald V, nascido a 21 de Fevereiro de 1937. Estima-se ter o país uma população acima de cinco milhões de habitantes, segundo dados de 2015. Tem uma população nativa de lapões e cinco minorias nacionais. Como minorias nacionais entende-se grupos com longa tradição à Noruega. A língua oficial é o norueguês (bokmål e nynorsk)
Lapão/sami (três línguas sami, sami do Norte, sami de Lule e sami do Sul), que são equivalentes ao norueguês nos concelhos de Kautokeino, Karasjok, Tana, Porsanger e Nesseby em Finnmark, Kåfjord e Lavangen em Troms, Tysfjord em Nordland, e Røyrvik e Snåsa em Nord-Trøndelag. Além disso, o kven e o romani ou români são reconhecidos como línguas minoritárias. A linguagem gestual norueguesa tem um estatuto oficial, principalmente através do disposto na Lei.
A moeda é a coroa norueguesa, NOK. Um Kwanza (Kz 1,00) é equivalente a 0,0197 NOK. Quer dizer que mil kwanzas (1.000,00) equivalem a 19,71 NOK, valor aproximado a USD 2,00 (Dois dólares). Nestes dias, as temperaturas variam entre 3 e 7°, tendo atingido os 10 graus nalgum período do dia. No capítulo económico, como referido, a cooperação de mais de 40 anos, entre Angola e Noruega, é, predominantemente, petrolífera, com as empresas Equinor (ex-Statoil) e a Aker Solutions. Dados fixam as trocas comerciais entre 2 e 4 mil milhões de dólares, sendo que 10 por cento da produção angolana é da Norueguesa Equinor. Neste momento, dados mais actualizados apontam para cerca de mil angolanos em toda a Noruega, com a capital Oslo a ser o maior ponto de concentração de cidadãos nacionais.
Chefe de Estado desembarcou no Aeroporto Gardermoen
O Presidente da República, João Lourenço, chegou, no princípio da noite de ontem, à capital norueguesa, Oslo, tendo desembarcado no Aeroporto Gardermoen.
O Chefe de Estado recebeu, na ocasião, cumprimentos na boas vindas do embaixador de Angola na Noruega, Apolinário Jorge Correia, do embaixador da Noruega em Angola, Bjornar Dahl Hotvedt, e da chefe de Protocolo MIREX Noruega, Tone Allers.
Ainda ontem, a agenda do Presidente João Lourenço inscreveu um jantar em Sua Honra, oferecido pelo embaixador angolano nesse país.
Esta é a primeira visita oficial de um Chefe de Estado de Angola à Noruega.
Com um pendor, fortemente, económico, a visita de três dias do Presidente angolano inclui vários encontros com as autoridades locais.
Para amanhã, sexta-feira, estão previstos encontros em separado com o Rei Harald V e o Primeiro-Ministro, Jonas Gahr Støre. Deverá, igualmente, o Presidente angolano realizar uma visita ao Museu Fram, Bygdoyenesveien 39.
Antes, isso já hoje, quinta-feira, o Chefe de Estado angolano é recebido em encontro formal pelo presidente do Parlamento norueguês, Masud Gharhakhani. Noruegueses podem entrar na diversificação da economia
O ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, disse, ontem, em Oslo, capital da Noruega, que Angola pretende aprofundar a participação do parceiro europeu no processo de diversificação económica em curso no país.
No lançamento do Fórum Empresarial, que acontece, hoje, no Grand Hotel de Oslo, Mário Caetano João reconheceu a predominância actual do sector Petrolífero na cooperação. Por essa razão, disse o ministro, faz todo o sentido que áreas como as Pescas, onde a Noruega é muito forte, ganhem maior relevância.
Para o ministro da Economia e Planeamento, o agronegócio deve entrar nas prioridades das trocas comerciais entre os países. Esse processo, disse, traria ao Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) mais-valias, atendendo às vantagens comparativas entre Angola e a Noruega.
“A cooperação com a Noruega basea-se, fundamentalmente, no sector dos Petróleos. É a área predominante e, aliás, o primeiro painel do fórum de negócios, ocasião em que teremos ministros a interagirem com o sector empresarial. Na abordagem sobre o sector da diversificação económica, vamos procurar contrabalancear o domínio da área Energética por outras, principalmente o das Pescas, onde a Noruega é muito forte. Procuraremos também atrair algum apetite desse parceiro para a cadeia de valor do agronegócio, para vermos em que nos podem ajudar com algum Investimento Directo Estrangeiro (IDE) para a produção de grãos”, disse.
Segundo referiu Mário Caetano João, o foco recai para o Planagrão, iniciativa do Governo que visa a produção em larga escala de milho, soja, trigo e arroz ante a estratégia tornar o país numa referência em África e mais pela frente no mundo.
Para isso, argumentou, precisa-se trabalhar com os que possuem saber e acima de tudo interesse em investir no país.
“Vamos transmitir a tranquilidade e, principalmente, o ambiente de negócios existente no país. Fazer passar a mensagem de que existe uma alteração de paradigmas, que já vem do primeiro mandato, cujo foco está na promoção do Estado de direito, na eliminação da corrupção, e um outro paradigma que é o da preferência pela produção nacional, pois há vantagens comparativas, sobretudo nos bens do PRODESI e no segmento agroalimentar para garantir a segurança alimentar, sendo, desde logo, estes bens que pretendemos ver produzidos localmente”, declarou.
Para o ministro da Economia e Planeamento, o fórum de hoje enquadra-se na dinâmica de internacionalização da economia, que o Presidente da República tem estado a desenvolver e para a qual os ministros procuram fazer acontecer.
Conforme assegurou o MEP, ao nível sectorial há já contactos de diversos ministérios com parceiros locais, os quais vão ser aprofundados nessa missão de negócios, cuja finalidade, principal, é o lançar da semente para a cooperação mais para fora do sector Energético. Esta opção justifica-se pelo facto de o sector Energético ter já dinâmicas próprias, ainda que aprofunde mais as actuais relações, pretende-se a maior valorização do potencial existente noutras áreas, como é o caso das Pescas. O sector, lembra o ministro, está a passar por um processo de formalização e tem estado a ser mais visível no Produto Interno Bruto (PIB).
Fonte de pPesquisa